Porque há desejo em mim
tudo é cintilância
Hilda Hilst
Alguns poemas não podem ser escritos.
Posto que os escrevo com a tinta da vida,
com o sangue dos dias,
e não posso sangrar certos mares.
Resta-me dizer da violência do sol
lambendo as bordas das nuvens.
Falar de minha alma sedenta de luz
e rasgar a pele das páginas,
maculando o branco resoluto.
Tudo é desejo e cintilância.
E a vida corre macia
como tua língua,
nas minhas coxas.
Hum...
ResponderExcluirSugestivo, rsrsrsrsrsrsr
fantástico. A violência do Sol tão carinhoso na sua invasão diária, no seu lamber de nuvens, seu nefelibatismo. sensacional.
ResponderExcluirLívia, ganhei seu livro de presente neste natal.Gostei muito do livro. E do seu encanto pelo mar, a força que ele te dá para escrever belíssimas poesias.Parabéns!!! Tenho um blog de poesia também se puder dê uma olhadinha monicapoesia.blogspot.com
ResponderExcluirUm abraço poético,
MônicaFSSoares
Adorei a inspiração em Hilda e o versar em Lívia!!! Lindíssimo!!! Vou te escrever pois quero um exemplar do teu livro. Um abraço poético.
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