sábado, 28 de novembro de 2009

Liberdade

Ir e poder entrar.
Não ser revistada,
entrevistada,
revirada.

Não me alisarem os cabelos,
Ou abrandarem meu nariz.
Não me dizerem ser morena
esta pele que herdei retinta.

Africana(mente)
Meus cabelos,
Minha pele,
Meus sonhos
têm raiz profunda:

ela atravessa oceanos,
terras cindidas de partida e chegada,
ela se forja útero de água,
ela se faz palavra que funda mundos
e se expande vigorosa de dentro de mim.

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