Que mais pode um poeta fazer das pedras
senão cantá-las?
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Aporias do afeto
É tempo de morangos.
E de sol crepitante nas pedras da rua.
É tempo de chuvas esparsas
e palavras contidas:
céu de chumbo
para além do azul.
Tempo é das estátuas nuas
perfilharem os mendigos miúdos e
desmatriados.
É tempo de espera,
de silêncio,
de sangue sem carne,
de olhos de galo cantando o mundo.
Sim.
É tempo de morangos.
E de sol crepitante nas pedras da rua.
É tempo de chuvas esparsas
e palavras contidas:
céu de chumbo
para além do azul.
Tempo é das estátuas nuas
perfilharem os mendigos miúdos e
desmatriados.
É tempo de espera,
de silêncio,
de sangue sem carne,
de olhos de galo cantando o mundo.
Sim.
É tempo de morangos.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Romance
A palavra resvala dura
na carne de meu afeto.
(se dói e à noite não durmo,
ao menos fico límpida e delicada)
Nas distâncias que rebrilham sutilezas
Ouço seus olhos:
fina pétala magoada.
Sua voz a si mesma devora
famélica e desesperada.
E correntezas de brilho triste
cortam minha face desconsolada.
Findo nosso enlevo,
desperta o mundo:
E pela janela reluz o dia
tenso de borboletas.
e sinto,
nas narinas,
o hálito bruto da primavera.
Poema produzido na minha aula de criação literária, a pedido-desafio de meus criativos. Oficina: os objetos. Título original: Pelo telefone.
na carne de meu afeto.
(se dói e à noite não durmo,
ao menos fico límpida e delicada)
Nas distâncias que rebrilham sutilezas
Ouço seus olhos:
fina pétala magoada.
Sua voz a si mesma devora
famélica e desesperada.
E correntezas de brilho triste
cortam minha face desconsolada.
Findo nosso enlevo,
desperta o mundo:
E pela janela reluz o dia
tenso de borboletas.
e sinto,
nas narinas,
o hálito bruto da primavera.
Poema produzido na minha aula de criação literária, a pedido-desafio de meus criativos. Oficina: os objetos. Título original: Pelo telefone.
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