Lívia
Natália
Algo do que ainda dói é impartilhável.
A ferida se aprofunda escalavrando os meus véus,
a dor me descobre inteira, nos meus guardados mais femininos,
e mais humanos.
Eu choro frágil, e ando pelas ruas de olhos inchados.
Mas ninguém percebe, continuo tendo pés de bailarina,
e tudo que sangra se esconde sob as cores outras com que desfilo.
Vivo com um silêncio desconsolado que mora nas dobras de meu cabelo,
Dança nos meus vestidos, nos vincos de minhas mãos.
E ninguém percebe esta ferida que sangra pra dentro.
Apesar da cicatriz.
Fiquei sem ar!!! Lindo, lindo, lindo!
ResponderExcluirLindo mesmo!
ResponderExcluirAs feridas, apesar das cicatrizes, sempre sangram por dentro. As cicatrizes vêm independente de nossa dor: é a força da natureza fazendo seu trabalho em nosso corpo, este profundamente machucado por dentro.
ResponderExcluirSenti dor profunda ao ler esse poema. Belo belo na sua tristeza melódica. Bjos
A dor trancada no silêncio, desfilando, escondida, sob outras cores... Um poema muito belo, Lívia. Bjs
ResponderExcluirMaravilhoso. Às vezes sofrer calado é um bom remédio, pelo menos pra mim. Não gosto muito de abrir com pessoas... O sentimento que eu passo elas nunca vão sentir completamente.
ResponderExcluirBeijos,
http://eppifania.blogspot.com.br
Lindo o seu trabalho. Que força, que intensidade, e que delicadeza.
ResponderExcluirVocê trabalha as palavras com precisão e magia.
Que encantamento!