Segurar uma mãe na unha!
Ou nos fios da telefônica
- que filtram sua voz no vazio.
Prender a mãe,
escalar suas pernas,
premir seu seio macio.
Comer do corpo da mãe,
lamber seu regaço.
Devorar a mãe na ausência
nos fios de seus cabelos,
no perfume que colore o ar.
Devorar a carne da mãe sanando,
com mãos urgentes,
a fome de todos os tempos.
O desamparo de todos os filhos
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