terça-feira, 16 de junho de 2009

Ora iê, iê, Mãe Bela!



Ando me lembrando de quando eu era feto no seu útero de água. Quando era sonho brilhando forte na pedra limosa e calma. Quando era silêncio só, e seu cabelo translúcido se emendava, nodoso, no meu.
Dentro da água traiçoeira mergulho em transe profundo, confiando minha vida, minha cabeça, meu pés às suas mãos onipresentes. Dentro da água traiçoeira entro em transe profundo, e há amor e entrega no meu coração também traiçoeiro, também profundo, mas muito mais insondável que suas águas pretas.

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